INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS: É HORA DE EXPERIMENTAR !!

 

A alimentação complementar é aquela em que se alterna à amamentação com alimentos, ou seja, a amamentação deverá ser mantida, mesmo que não exclusivamente. Aos 6 meses, a criança está apta a digerir os alimentos, mas é preciso cuidado para evitar possíveis alergias. Por isso, cada grupo alimentar deverá ser introduzido aos poucos, de acordo com a aceitação da criança.

Aos 6 meses, deve-se oferecer a primeira papinha principal, por exemplo, o almoço e a partir do 7º mês, a segunda papinha principal (jantar).

Prefira os alimentos da época, mais saborosos. Separei algumas dicas para estimular nessa fase:

♥ Apenas amasse bem os alimentos até formar um papa ou purê. Evite utilizar o liquidificador ou peneira.

♥ Utilize temperos naturais, tais como alho, cebola e salsinha para refogar.

♥ Se preferir refogar as carnes e hortaliças, acrescente no máximo 1 colher (chá) de azeite.

♥ Observe a quantidade de cada colher para oferecer a papinha: a ponta deverá ser emborrachada ou de plástico. Comece com 1 colher (chá) e vá aumentando semanalmente.

♥ É comum a criança cuspir: isto não significa rejeição – ofereça pelo menos 10 vezes o mesmo alimento.

♥ A partir dos 12 meses, estimule a pega de pequenos pedaços nos intervalos das refeições principais, por exemplo, um pedaço de banana ou cenoura em palito para raspar a gengiva e sentir o sabor.

Também separei algumas dicas do que deve ser evitado:

♥ Quanto às alergias, alterne as frutas semanalmente.

♥ Temperos prontos (de saquinho).

♥ Sucos de frutas naturais, vá direto para as frutas amassadas ou raspadas.

♥ Forçar a comer todo o prato: a criança dá sinais que está satisfeita.

♥ Comer deitada: a posição será sempre sentada com a visão para o alimento oferecido.

♥ Açúcar, sal e excesso de óleo, mesmo azeite

♥ Refrigerante, balas, doces, frituras, chocolate e café.

♥ Oferecer leite após as refeições: o ferro precisa ser aproveitado nessa fase para amenizar os riscos de anemia.

♥ Não misturar muitos tubérculos (batata, batata doce, inhame, macarrão com arroz) para “engrossar” a papinha: em longo prazo, isso pode aumentar os riscos de obesidade.

Se a mamãe voltar a trabalhar após os 6 meses (ou até mesmo antes), deve-se definir os responsáveis pelo preparo das papinhas e orientá-los quanto aos alimentos a serem evitados, assim como bons hábitos de higiene. Afinal, o sistema imunológico ainda está “imaturo” para receber bactérias que causam sintomas, tais como diarreias, entre outras. Se preferir, congele as papinhas já em porções.

E lembre-se: comer em família é fundamental! Mesmo que as noções de alimentos não estejam muito claras para a criança, os pais ou responsáveis devem ser exemplos na prática para o consumo de verduras, legumes e frutas, tão rejeitados atualmente. Reserve algumas vezes na semana para essa prática! 

introdução alimentar nutricionista Laura Contin de Sousa
Introdução Alimentar nutricionista Laura Contin de Sousa

COLESTEROL INFANTIL: O INIMIGO SILENCIOSO!

 

A falta de tempo, o aumento do stress, as refeições fora do lar, além da difícil escolha dos alimentos, fazem com que os nossos hábitos alimentares mereçam maior atenção, frente à crescente epidemia da obesidade, carências nutricionais e outros distúrbios alimentares.

Nesse ambiente, a industrialização de alimentos, a alta frequência no consumo de alimentos “fast food”, como batata frita, hambúrguer pronto e sucos ricos em açúcar, alimentos prontos congelados (ricos em gorduras trans), salgadinhos, bolachas, entre outros, se por um lado facilitam o dia a dia pela ausência de preparo, de outro tem trazido uma consequência silenciosa entre as crianças e adolescentes: colesterol e triglicérides altos.

Pesquisadores do Hospital de Clínicas da Unicamp/SP analisaram durante oito anos os resultados de colesterol e de triglicérides no sangue de aproximadamente 2 mil crianças e adolescentes, entre 2 e 19 anos. Das crianças entre 2 e 9 anos da pesquisa, 44% apresentaram valores alterados para o colesterol total, 36% para o LDL-colesterol (ruim) e 56% para os triglicérides.

Sabe-se que o aumento do colesterol e triglicérides é um grande fator de risco para doenças cardiovasculares na idade adulta, por isso, prevenir ainda é a melhor solução.

Então, é preciso começar desde cedo: com a introdução de papinhas saudáveis a partir dos 6 meses de idade, o bebê tem a oportunidade de desenvolver e conhecer novos sabores, cheiros e texturas de alimentos, principalmente os mais rejeitados, como verduras, legumes e frutas, que são alimentos ricos em fibras, vitaminas, sais minerais e água.

Uma dica legal para não oferecer papinhas industrializadas é ter um bom planejamento na semana. Para quem não tem muito tempo, sugiro congelar as papinhas em potinhos, já com os legumes cozidos e com pouco tempero. As propriedades nutricionais se mantem por até 15 dias.

 

 

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